Thursday, April 12, 2012

O que procuram os chefes quando contratam alguém que está no desemprego



Se é desempregado de longa duração, não desanime. Há muita coisa que pode fazer durante o período em que estiver sem emprego, com a vantagem de isso poder contribuir para encontrar emprego mais depressa.

Ouvimos várias vezes quem está a procura de trabalho dizer: "Se tenho as competências e experiência necessárias, porque é que as empresas não voltam a contactar-me?". É uma pergunta justa, especialmente para os mais de cinco milhões de trabalhadores americanos que estão desempregados há seis ou mais meses (mais de 40 % de todas as pessoas que se encontram desempregadas).
Ter dificuldades para voltar a trabalhar não significa que este grupo não está é qualificado ou tem falta do que é preciso para executar o trabalho. Com centenas de candidaturas submetidas para uma única vaga, é indicativo de um mercado de trabalho altamente competitivo.
Então como é que alguém que pertence ao grupo de desempregados de longa duração se destaca? Será que os empregadores ignorarão o tempo que estiveram sem emprego — aquele que passou desde o último dia em que foram trabalhar?
Uma novo estudo do CareerBuilder concluiu que 85 por cento dos diretores de recursos humanos responsáveis por contratações são agora mais compreensivos com períodos sem emprego do que eram antes da recessão. Embora estas sejam boas notícias, vêm com uma ressalva importante: Este grupo continua a precisar de mais um passo para chamar a atenção para os seus currículos.
As empresas continuam a observar com muita atenção como é que os desempregados ocuparam o seu tempo. Há uma ideia de que se alguém está sem emprego durante um período de tempo alargado, começa a perder as competências adquiridas anteriormente.
Acredite ou não no conceito de erosão das competências, é seguro assumir que os responsáveis pelas contratações das empresas terão mais tendência a ignorar períodos sem emprego no caso de candidatos que se mantiveram ativos nesses intervalos.
Sendo assim, o que é que os diretores de recursos humanos recomendam?
No mesmo estudo, 61 % destes responsáveis disse fazer um curso profissional ou regressar à faculdade é um bom começo.
Isto poderá ser tão simples como tirar um curso para obtenção de certificação (para os trabalhadores da área de TI, por exemplo), participar em seminários profissionais ou inscrever-se em cursos livres na universidade.
Se o assunto alargar o seu conjunto de competências ou puder ser aplicado no seu próximo emprego, esta é informação que deve ser destacada no seu currículo ou na sua carta de apresentação.
Sessenta por cento dos responsáveis por contratações disseram que o voluntariado torna o candidato mais apetecível. O voluntariado é um testamento do caráter e ética de trabalho de uma pessoa. Contudo, muitas das pessoas que estão à procura de emprego não estão a promover da melhor forma essa experiência nos seus currículos e cartas de apresentação. Esta não pode ser um ponto isolado e enterrado na página.
Quem está à procura de emprego deve escolher trabalho voluntário que possa estar relacionado com as suas narrativas profissionais existentes — e depois estar preparado para o “vender” de forma idêntica ao resto da sua experiência profissional. Pergunte a si mesmo: Que competências adquiri ou melhorei? Posso quantificar o meu impacto ou falar de como os meus esforços contribuíram para os sucessos das empresas onde estive?
Setenta por cento disse que aceitar um trabalho temporário ou a prazo é aconselhável. O trabalho temporário ou a prazo não é só para trabalhadores sem experiência e jovens.
Há oportunidades em todos os tipos de trabalho, níveis de experiência e faixas salariais. Se tornar-se num freelancer permanente não está nos seus planos, tenha em atenção que um em cada quatro empregadores planeia mudar alguns trabalhadores temporários para trabalhadores do quadro, a tempo-inteiro no segundo trimestre de 2012.
Poucos empregadores acharem que a tarefa ambiciosa de iniciar o próprio negócio (28 %) ou escrever um blogue profissional (11 %) eram boas maneiras de melhorar as hipóteses dos candidatos, mas se essas atividades mostram o seu valor potencial, isso certamente não será prejudicial.
E se alguém à procura de emprego já fez tudo isto e mesmo assim não está a sair-se melhor? Há duas táticas de procura de emprego que são muito pouco utilizadas, de acordo com a nossa pesquisa e conversas com empregadores: seguimento e apresentação de ideias personalizadas ao seu possível empregador.
Dois terços dos trabalhadores não contactam mais o empregador depois de terem enviado o seu curriculum. Se o responsável pela contratação disponibilizar informação de contacto, enviar um e-mail uma semana ou duas após o envio poderá levar a uma observação mais atenta (ou mesmo uma segunda observação) do seu curriculum. E quando a oportunidade de entrevista surgir, é melhor não se focar só no passado. Os empregadores querem candidatos que pesquisaram a sua empresa de forma minuciosa, e que prepararam ideias concretas para o que vão trazer para a sua função.
Um mercado de trabalho competitivo exige uma procura de emprego dinâmica. Independentemente de como os desempregados à procura de emprego ocupam o seu tempo, o denominador comum é continuar o seu desenvolvimento profissional e mostrar aos seus potenciais empregadores como os pode ajudar.

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